sábado, 31 de maio de 2008

Despedida


Ele cheirou os cabelos dela, e o pescoço, novamente. Queria ter certeza de que não se esqueceria daquele cheiro “Meu Deus como ela era cheirosa!” Ele queria ficar, nunca odiou suas obrigações como naquele momento. Desistiria de tudo para continuar ali, com ela nos braços. Era assustador o poder que ela havia sobre ele; como o sorriso dela tornava seu dia mais claro, como o olhar dela o fazia acreditar que podia tudo, como a voz dela o fazia acreditar que aquilo era um presente de Deus.
Ele continuava ali, abraçado a ela, desejando que aquele momento nunca acabasse. Queria falar que a amava. Mas simplesmente as palavras não saiam. Ela afastou-se dele, e o olhou nos olhos como se fosse falar algo, mas ela apenas sorriu de uma maneira meiga e doce. Mas não falou nada.
Ele a beijou, e partiu. Jamais esqueceria daquele cheiro.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

"Você era minha felicidade"

Pitty - Na Sua Estante





Ele nunca a tratou como ela merecia. E por isso ela o deixou. Ela não conseguia mais amá-lo; todo o amor que um dia ela sentiu por ele esvaiu-se. Ela não era forte o bastante para aquilo. Nem ele era, ele só não sabia ainda.
Um dia ele finalmente soube, e era tarde. Tarde demais. Ela estava feliz, coisa que nunca foi com ele. Ele procurou outras maneiras de se livrar da dor que sentia; hobbies, mulheres, drogas. Mas NADA fazia aquela dor passar. Ele só queria ser feliz também, mas não conseguia, sua felicidade era ela, e ele não soube como manter.
Naquela tarde ele estava sozinho em casa. Ele certificou-se que ninguém chegaria cedo. Estava certo de que fazer aquilo era melhor, mas o medo aflorava sua pele. Contou os vidros, estavam todos ali. Ele nunca achou tão útil sua mãe ser uma surtada. Não iria doer nada, ele tomaria os comprimidos e dormiria, e dor sumiria pra sempre. Ele fez, tomou todos os comprimidos e deitou na sua cama. Deixou apenas um bilhete que dizia “Você era minha felicidade”.
Mas, nada acontece por acaso, e naquele dia ela havia acordado angustiada, sabia que algo ruim aconteceria. Tentou se concentrar no trabalho que ela havia trazido pra casa, mas não adiantava, sua mente viajava, ia pra longe. E todos os seus pensamentos acabavam NELE. Ela decidiu ligar, mas o celular dele estava desligado. Ela sabia que ele estava na casa dos pais, e decidiu passar lá.
Chegando lá a porta não estava trancada, o que a assustou bastante. Ela atravessou a sala e subiu as escadas, e caminhou na direção do antigo quarto dele. Quando entrou, ele estava deitado na cama dormindo. Ela tentou acordá-lo, mas ele parecia sedado. E então ela viu. Os vidros de comprimidos estavam vazios e jogados no chão, e só agora ela havia notado o bilhete.
Chamou a emergência. “Fica comigo, fica comigo” ela falava baixinho.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Sim, eu queria o Johnny Deep pra mim...


A foto do Johnny Deep tem 5 motivos pra estar aqui:
1º- Ele é perfeito!!!
2º- Assisti Chocolate ontem.
3º- Eu quero ele pra mim...
4º- Deixa o blog mais bonito!!!
5º- Já falei que ele é perfeitoo?????
huahahauhauahuahuahuahuahuahauhauhauh
Tenho bignews!!! Mas... só vou contá-las depois que tiver tudo certo...



Sweeney Todd - Pretty Women



Sim.. musiquitcha do Sweeney Todd... Johnny Deep cantando!!! *-*

Tá tá.. chega de enrolar... amanhã tem post decente... ;D
;********

quarta-feira, 28 de maio de 2008

And as for me? I can see clearly now.

"It's often said that, no matter the truth, people see what they want to see. Some people might take a step back and find out they were looking at the same big picture all along. Some people might see that their lies have almost caught up to them. Some people may see what was there all along. And then there are those other people, the ones who run as far as they can so they don't have to look at themselves. And as for me? I can see clearly now."


Confusões, enganos, medos, tudo isso faz parte do dia-a-dia das pessoas mais do que se possa imaginar. Mas é incrível como coisas simples como um sonho, ou uma frase pode trazer a paz e o equilíbrio de volta.
Eu sempre falo que certeza é algo muito certo. Porque pra mim, certeza é ausência de dúvidas, medos, enganos... enfim, certeza é algo que eu raramente tenho. As vezes eu me sinto como um paradoxo. Como eu consigo ser tão decidida e tão firme com certas coisas, e tão indecisa e medrosa em outras?
Ai eu me lembro que isso é ser mulher. É toda essa contrariedade que faz de nós mulheres seres tão fascinantes.

Deus está colocando novos planos no meu coração. Novas portas começam a surgir, e eu vou ter que fazer escolhas importantes em breve. Mas, eu estou tranqüila, pois no tempo certo tudo começa a fazer sentido. Talvez abrir mão de certas coisas seja o melhor. Talvez... Eu ainda não tenho certeza, e talvez até nunca tenha. E dai???

Sim... eu vejo claramente agora.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Sábio Shakespeare...

Eu aprendi... que a melhor sala de aula do mundo está aos pés de uma pessoa mais velha;
Eu aprendi... que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo;
Eu aprendi... que ser gentil é mais importante do que estar certo;
Eu aprendi... que nunca se deve negar um presente a uma criança;
Eu aprendi... que eu sempre posso fazer uma prece por alguém quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma;
Eu aprendi... que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto;
Eu aprendi... que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender;
Eu aprendi... que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão nas noites de verão quando eu era criança fizeram maravilhas para mim quando me tornei adulto;
Eu aprendi... que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos;
Eu aprendi... que dinheiro não compra "classe";
Eu aprendi... que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;
Eu aprendi... que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa que deseja ser apreciada, compreendida e amada;
Eu aprendi... que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa ?
Eu aprendi... que ignorar os fatos não os altera;
Eu aprendi... que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;
Eu aprendi... que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;
Eu aprendi... que a maneira mais fácil para eu crescer como pessoa é me cercar de gente mais inteligente do que eu;
Eu aprendi... que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;
Eu aprendi... que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;
Eu aprendi... que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;
Eu aprendi... que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.
Eu aprendi... que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;
Eu aprendi... que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las;
Eu aprendi... que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;
Eu aprendi... que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;
Eu aprendi... que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;
Eu aprendi... que só se deve dar conselho em duas ocasiões: quando é pedido ou quando é caso de vida ou morte;
Eu aprendi... Que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.

William Shakespeare

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Equilíbrio

Mika - Happy Ending


Sim... eu sei que isso não é horas de estar acordada, muito menos postando num blog... Mas eu sou assim, estranha. Eu estava conversando com a Marcinha [uma menina muito fofinha e linda ;D], e ela me falou uma coisa muito boa. Ela falou sobre equilíbrio, como isso torna tudo mais fácil.

Primeiro tem que tentar entender o que é equilíbrio, o que é tê-lo. E então aplica-lo na vida; em qualquer área, amor, saudade, medo, conflitos. Tudo é uma questão de balanceamento. [Nossa, lembrei das aulas de química, que eu tentava prestar atenção. ;p]

Ah.. então é isso... Lari deixa a mensagem de tenham equilibrio.


Outra coisinha... Nada acontece por acaso... nadaaaa.. nada mesmooo...

sábado, 24 de maio de 2008

Ah... o olhar...

Silverchair - Miss You Love

Não era só o fato dela estar mais radiante que nunca; nem dela estar irresistível naquele tomara-que-caia preto; mas sim, o fato dela conseguir olhar outro cara, da mesma maneira que ela o olhava. Como era possível aquilo? Ele achava que aquele olhar pertencia a ele. Ele achava que ela pertencia a ele. E ela estava lá, nos braços de outro, mais feliz do que quando estava nos braços dele.
Ele não podia entender aquele sentimento. Ele havia a deixado, quem terminou foi ele; por que aquilo agora? Ver que ela já o havia superado, machucava ele. A felicidade dela o tornava infeliz. Ele não podia mais agüentar. Decidiu beber.

Tomou o primeiro drinque, durou apenas um gole; e nesse ritmo, ele deve ter tomado uns sete. E mesmo assim, a infelicidade não passava. Ele já não podia suportar outro tocando os cabelos dela, sentindo os lábios dela. Ele precisava ir embora.
Ele pegou o carro e foi. Ele corria pela beira-mar, sentia que estava rápido demais. “Aquele sinal estava vermelho? Burro, burro, mil vezes burro”.


Obs.: é ficção, talvez até tenha fundo de verdade, mas, quem sabe???

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Dreaming


Dance My Dreams - Tamia

Spinning, twirling, flying away
Memories guide me from yesterday
Time will reveal my destiny
So why should I fight
What's right for me?
I'll live, I'll breathe
I'll dance my dreams
Hold me, kiss me
Look through my eyes
Know me, feel me
No more disguise
So why should I fight
What's planned for me?
Take my hand
Dance in my world
As I live, I breathe
I dance my dreams
Tomorrow will be mine
Today is ours
I will never let go
Until time unwinds
Today I have just arrived

Tamia - Dance my Dreams

Lua, lua...


Ah tá... vou começar com o meu típico "Já olhou a lua hoje?". Quem me conhece sabe o quanto eu falo isso e o quanto eu sou apaixonada pela lua... Deus em sua infinita sabedoria colocou ela lá no céu, e eu babo por ela. Ai ai... a lua continua lá, linda e perfeita, brilhando e apaixonando, e eu continuo aqui, com essa sensação de que falta algo nos meus dias...
Bá!!! Tenho que falar com a Rafa, mas ela não aparece; e com a Cacau também, ela deve tá achando que eu morri; me mandou uma mensagem pedindo um sinal de fumaça. ;p
Saudades delas... saudades de um montão de coisas. Alias, a saudades é algo intrínseco a mim. Sinto saudades de tudo. quando tô em Floripa sinto saudades da família; quando tô em Santos sinto saudades dos amigos, e da família de Floripa. E não importa aonde eu esteja, sempre sinto saudades do McCute.
Ah.. eu tenho a mania de todo fã do Grey's Anatomy, tudo vira Mc.

O episódio de Pushing Daisies de hoje foi ótemo... como sempre é... Morro de pena do Ned e da Chuck, por não poderem se tocar. Dá muita agonia aquilo!!!

Preciso por um casaco.
;***********

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Aquele convite...

Clara se olhou nos espelho e pensou "Será que eu sou esse monstro?". Ela não se refiria a sua aparência, por que ela era linda, e sabia disso; ela sabia que quando andava na rua as pessoas a olhavam, que quando entrava em algum lugar ela era notada. Ela se sentia daquela maneira pelo que vinha fazendo.
Ela estava enganando dois homens; sim, enganando. Um deles era seu namorado, Davi, e o outro era seu colega de trabalho Rafael. Clara amava Davi, mas Rafa mexia com ela de uma maneira que era realmente assustadora. As investidas, seu jeito de falar, as coisas que ele falava, tudo aquilo a tirava do chão; tirava a certeza que tinha nela mesma e no seu relacionamento.
Davi era seu porto seguro, ela sabia que podia contar com ele; que ele sempre estaria lá com a espada empunhada para salvá-la de qualquer situação. Ela tinha certeza que ele era o cara certo, aquele que ela casaria.
Então, por quê? Por que ela se sentia tão atraída por aquele cara? Por que ela sentia que estava traindo Davi, se ela não havia feito nada ainda?! É, ainda. Ela terminava de passar o rímel, e pensava como ela teve coragem de aceitar aquele convite. Rafa a convidou para ir tomar um drinque depois do trabalho; e ela não conseguiu recusá-lo, esse convite era de uma ousadia que atiçava sua curiosidade. Ela aceitou, ela queria saber até onde esse jogo de provocações iria. Agora ela estava no banheiro do escritório, retocando a maquiagem para ir encontrá-lo.
Ela fechou os olhos; Davi, foi a primeira coisa que veio a sua mente. Ela não podia fazer aquilo com ele; ela não tinha o direito de fazê-lo, de enganá-lo. Seu celular começou a tocar. Era ele, Davi, falando:
-Linda, eu estou morrendo de vontade de te ver. Desce que eu estou aqui na frente, e vou te levar pra casa hoje.
-Amado, já estou na frente do elevador. Ela respondeu, respirando aliviada por mais uma vez o seu príncipe abater o inimigo; mais uma vez ele resgatou ela antes que cometesse, talvez, o maior erro.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Estréia...

Quando abriu os olhos naquela tarde, ela prometeu a si mesma que jamais beberia daquela maneira. Ela cheirava cigarro e cerveja, porque parecia que todos os idiotas daquela boate tinham que esbarrar nela e derramar cerveja no seu vestido novo. Ela estava cansada de acordar de ressaca; estava cansada de sentir aquele cheiro; e estava mais cansada ainda de saber que o garoto, com o qual havia se esfregado a noite toda, não ia ligar no dia seguinte, ou naquela semana; ele ligaria quando quisesse companhia.
Então ela decidiu que queria mudar. As festas e bebedeiras parariam. Ela se sentia só, e pela primeira vez queria amar de verdade. Ela levantou e foi tomar banho, afinal o cheiro continuava nela.
Ao sair do banho havia um café quentinho e cheiroso em cima da mesa, ela pensou que provavelmente foi Vivs, sua melhor amiga e companheira de apê, que fez pra ela. Ela e Vivs eram amigas de infância, sempre se deram super bem, e quando ambas passaram no vestibular, elas sabiam que finalmente seriam independentes dos pais; e que poderiam dividir um apê pertinho da universidade, algo que elas sempre quiseram fazer. Vivs detestava que ela saísse e bebesse, coisas que ela andava fazendo constantemente.
Vestiu uma calça de agasalho e uma babylook, e carregando a caneca, foi em direção ao quarto da amiga. Antes mesmo de abrir a porta, Vivs falou:
-Bom dia senhorita baladeira, como foi a festa ontem? –o tom dela era meio mal-humorado. Então ela respondeu:
-Bom dia! A festa foi uma porcaria, nem sei porque ainda vou nessas coisas... -Vivs deu uma risada debochada e falou:
-Ah Jujuba, você gosta da dor de cabeça e de estragar roupas novas. -Júlia riu, sua amiga detestava aquilo; as ressacas, o barulho de madrugada, as crises de choro dela... Vivs detestava como aquilo estava acabando com a sua amiga.
-Vivs, eu te prometo que acabou. Nada de roupas novas estragadas, nada de ressaca. A partir de agora, eu não saio mais com as meninas da sala. Chega! Cansei disso tudo. Eu quero algo sério, sabe... Cansei desses meninos que só querem aproveitar. -Vivs deu um sorriso compreensivo pra amiga. Ela estava contente que finalmente Júlia enxergava que aquelas coisas não eram legais.
Elas decidiram dar uma volta. Era um lindo sábado de inverno, tinha sol, nenhum vento, e um céu limpíssimo. As duas caminhavam por um calçadão, de braços dados, elas andavam dessa maneira desde que eram menininhas. Julia olhava o céu, as árvores, e sentia o quanto ela amava aquele lugar, ela amava mais ainda pelo fato dele ser longe dos seus pais. Ela sempre se sentiu reprimida por eles, implicavam com tudo que ela fazia, falava e até vestia. Estar longe de casa era a melhor coisa que já acontecera a ela.
Elas foram a um café, sentaram-se numa mesa mais ao canto. Pediram capuccinos e tortinhas de morango. Vivs reparou que havia um carinha olhando pra elas, ele prestava muita atenção nas expressões e gestos da Jujuba. Ela deu um sorriso, e falou pra amiga discretamente olhar para o rapaz. Ela olhou. Aquele cara, não era o mais bonito que Júlia já havia visto, mas havia algo nele que atraia os olhos dela. E como se ele tivesse percebido que as duas haviam notado ele, levantou e veio em direção delas. Meio sem graça, ele perguntou se podia juntar-se a elas. E ela, com seu típico olhar atrevido, assentiu com a cabeça.
Os três conversaram por horas, riram muito, e cada um deve ter tomado uns quatro capuccinos. Júlia estava impressionada, como existiam garotos legais, inteligentes, que não queriam apenas se aproveitar dela. Ao se despedir, ele perguntou se ela tomaria um café com ele outro dia. Como ela poderia recusar? Obviamente ela aceitou o convite. Ela e Vivs voltaram para casa, e assistiram à dois filmes da Audrey Hepburn. Uma perfeita noite de meninas.
No momento em que deitou a cabeça no travesseiro, Júlia riu, e pensou como sua vida deu uma virada em apenas um dia. Ela fechou os olhos, e tinha certeza de que ele ligaria naquela semana ainda.