quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O gato que amava livros...


Ele amava tanto os livros que dormia sobre eles.
Porém, o livro que ele mais amava, era também o mais respeitado por ele, e, claro, só poderia ser da Jane Austen.

P.s.: Leia Persuasão. Leia mesmo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Aqui...

I don't want to call my friends,
they might wake me from this dream, 
and I can't leave this bed, 
risk forgetting all that's been

Oh I am what I am, I'll do what I want, but I can't hide,

And I won't go, I won't sleep, and I can't breathe,
until you're resting here with me
And I won't leave, and I can't hide, I cannot be,
until you're resting here...

Here with me, Dido.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Fim de semana passado...


Aquilo que nos une tem alguma explicação? Eu já tentei achar alguma, mas sabe, talvez seja melhor assim, simplesmente não ter uma. Porque eu descubro que eu as amo até doer o peito naqueles momentos de breve silêncio, onde nós só nos olhamos e na verdade já entendemos tudo.

Porque entre nós há aquela comunicação não verbal [que eu tanto falei, né?], aquela não necessidade de terminar a frase por que a outra já está fazendo isso. E mesmo não sendo 'siamesas', grudadas o tempo todo, cada vez que nos encontramos a velha afinadade continua afiadíssima. É por isso que eu começo a sorrir feito boba com a cabeça no travesseiro enquanto vocês dormem do meu lado, porque mesmo passados anos e nós termos mudado, o que há entre nós só melhora, evolui.

E as promessas e viagens planejadas? E as piscadinhas e meias palavras, que tanto deixaram uns certos senhoritos loucos tempos atrás? Ah, e as broncas umas nas outras? Só quem está dentro pode entender essas coisas.


"I gotta feeling, uhuuu, that tonight's gonna be a girls night..."

sábado, 18 de setembro de 2010

Sejamos pessimistas

Ah, os pessimistas, aqueles que vêem a realidade do mundo, que não se iludem, nem se enganam. Acho que devíamos todos ser pessimistas. Não esperar o melhor das pessoas, nem das situações.

Um pessimista não espera um bom dia sorridente de uma bonita recepcionista, nem acredita em um por favor de um belo rapaz na fila da padaria que insiste que você passe a sua frente. Não, não. O pessimista acharia essa recepcionista dissimulada e o rapaz interesseiro, jamais acreditaria na gentileza dos gestos e palavras.

O bom pessimista não espera que as coisas dêem certo, ele espera que elas simplesmente não aconteçam, ou pior, que aconteça algo pior em vez de apenas não acontecer. Como se não bastasse perder o vôo, mas se o tal pessimista embargar de certo o avião cairá.

E os nãos? O amigo pessimista os conhece muito bem. “Para que aquele emprego? Para dar dinheiro ao governo?” “E aquela garota, porque namorar ela? Ela com certeza acabaria me magoando.”

Então, sejamos todos pessimistas. Sim. Realistas convictos, que enxergam além. Sejamos pessimistas. E Realistas. E infelizes. E incapazes de desejar, não é tão melhor ser assim? Praticamente insensíveis.

Afinal de contas, porque iríamos querer ser otimistas? Ter sonhos, metas, lutar pelo que quer, viver momentos simples e inesquecíveis, perder, ganhar, sorrir até doerem as bochechas, gargalhar até dar câimbras na barriga, chorar de alegria, chorar de tristeza, chorar de emoção, apaixonar-se? Não, né? Ser otimista dói, porque sentir dói.

Felizes são os pessimistas, que não se frustram. Os otimistas, coitados, têm que ficar rindo de si mesmos e seguindo em frente.

sábado, 11 de setembro de 2010

Eu cansei de pensar...

Eu cansei de pensar. Cansei de pensar no que fiz, no que deveria ter feito e no que deveria fazer. Não quero mais pensar em cada sílaba que devo falar, como devo falar e pra quem devo falar. Chega de listas de prós e contras mentais, isso só me leva a exaustão.

Desisto de medir milimetricamente cada lembrança de alguém que nem lembra mais de mim. Não quero mais comparar o antigo com o futuro, o feito com o nunca dito, o medo com a certeza.

Quero ser livre dessa mente logicamente viciada e doentia, que insiste em funcionar mesmo quando não quero, não preciso. Às vezes, tudo o que eu preciso é não pensar, é ver um fundo branco, sem memórias, sem lembranças, sem sentimentos.

Mas assim sou eu, escrava do próprio pensamento, que pensa sozinho, sem ordens, sem controle. Mente, a qual ordena tudo por lógica e não descansa enquanto não encontra um padrão. Ah, sim, ninguém ensinou para o meu cérebro que nem tudo tem lógica e padrão, quem nem sempre as coisas são regidas por regras e leis. O caos existe, fora da minha cabeça, é claro.

E a minha liberdade? Essa, pobrezinha, talvez nos sonhos ela exista. Mas, não muito livre, sabe. Eu, quando sonho, sei que estou sonhando. Juro! Nos sonhos eu me pergunto em quanto tempo vou acordar. Que tipo de pessoa tem esse tipo de pensamento dentro de um sonho? Fácil. Eu tenho. Eu sou esse tipo de pessoa.

Eu cansei de saber nos meus sonhos que eu estou sonhando... Eu cansei de pensar... Cansei...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cama, café e Sara...

A cama estava desfeita, o café estava quente e tocava Sara Bareilles pela terceira vez naquele dia. Ela precisava da Sara, com suas palavras perfeitamente completivas aos sentimentos que pulsavam dentro dela.

E daí que ela estava nessa cidade fria? Ela se sentiria fria em qualquer lugar. Não era o frio da temperatura que a assustava, era o frio que queimava dentro dela. Capaz de gelar um deserto. Era frio de falta, de medo e de solidão, e o café fumegante teria efeito algum sobre.

Os pensamentos dela eram incompletos, ela desistira de completá-los há algum tempo. Ela sentia as vibrações do piano da Sara batendo contra sua mente, e resolveu render-se. Cantaria, alto, cheia de verdade, pra ninguém ouvir. Como aprendera, ter platéia não ajuda em nada, apenas rouba dela a verdade.

Mas dessa vez, ela cantava para as paredes, suas amigas, que nunca a roubaram. Cantava na intensidade do frio que a dominava por dentro. A cama desarrumada a abraçou mais uma vez, e o café fumegante compriu com sua parte de vício. Vício menos nocivo para ela que um outro, aquele de insistir no que dói na esperança de transformar em algo que valha a pena.

Mas sabe de uma coisa? Ela vale a pena. Cada partizinha dela, até o frio congelante interno, tudo nela vale a pena.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Um novo jeito...

There may not
Be another way to your heart
So I guess I'd better find a new way in
I shiver when I hear your name
Think about you but it's not the same
I won't be satisfied til I'm under your skin

Shiver, Maroon 5.
*não consigo parar de cantar isso.