2 contos de fadas moderníssimos, de Luís Fernando Veríssimo.
Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz: "Você quer casar comigo?"
Ele respondeu: "NÃO!"
E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia ceveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.
O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma mulher.
Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para seu colo e disse: "Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nessa rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo em um belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre."
E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: "Nem f%&#!"
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quinta-feira, 5 de novembro de 2009
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Cara ideal...
Eu já conheci o cara ideal, aquele que cabia certinho no modelo que eu pré-define que seria meu par perfeito. Ele era como um sonho, com seu sorriso brilhante, suas palavras encantadoras, seus elogios lisonjeadores, seu perfume inebriante... Ele era tudo, até os defeitos dele tinham sido feitos para eu tolerar.
Ele era tão perfeito, que eu tinha medo de chegar perto, sabee... de descobri que ele não era pra mim. E foi realmente o que aconteceu, ele era perfeito pra mim, mas não era pra ser meu. As vezes, o que nós consideramos certo pra nós mesmos, simplesmente não é.
Hoje eu sou amiga desse guri, e ele tá quase casando... E eu descobri que o que realmente quero é bem diferente daquele ideal lá do passado.
Ainda bem que o tempo passa, né?
;*
Ele era tão perfeito, que eu tinha medo de chegar perto, sabee... de descobri que ele não era pra mim. E foi realmente o que aconteceu, ele era perfeito pra mim, mas não era pra ser meu. As vezes, o que nós consideramos certo pra nós mesmos, simplesmente não é.
Hoje eu sou amiga desse guri, e ele tá quase casando... E eu descobri que o que realmente quero é bem diferente daquele ideal lá do passado.
Ainda bem que o tempo passa, né?
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quarta-feira, 21 de maio de 2008
Aquele convite...
Clara se olhou nos espelho e pensou "Será que eu sou esse monstro?". Ela não se refiria a sua aparência, por que ela era linda, e sabia disso; ela sabia que quando andava na rua as pessoas a olhavam, que quando entrava em algum lugar ela era notada. Ela se sentia daquela maneira pelo que vinha fazendo.
Ela estava enganando dois homens; sim, enganando. Um deles era seu namorado, Davi, e o outro era seu colega de trabalho Rafael. Clara amava Davi, mas Rafa mexia com ela de uma maneira que era realmente assustadora. As investidas, seu jeito de falar, as coisas que ele falava, tudo aquilo a tirava do chão; tirava a certeza que tinha nela mesma e no seu relacionamento.
Davi era seu porto seguro, ela sabia que podia contar com ele; que ele sempre estaria lá com a espada empunhada para salvá-la de qualquer situação. Ela tinha certeza que ele era o cara certo, aquele que ela casaria.
Então, por quê? Por que ela se sentia tão atraída por aquele cara? Por que ela sentia que estava traindo Davi, se ela não havia feito nada ainda?! É, ainda. Ela terminava de passar o rímel, e pensava como ela teve coragem de aceitar aquele convite. Rafa a convidou para ir tomar um drinque depois do trabalho; e ela não conseguiu recusá-lo, esse convite era de uma ousadia que atiçava sua curiosidade. Ela aceitou, ela queria saber até onde esse jogo de provocações iria. Agora ela estava no banheiro do escritório, retocando a maquiagem para ir encontrá-lo.
Ela fechou os olhos; Davi, foi a primeira coisa que veio a sua mente. Ela não podia fazer aquilo com ele; ela não tinha o direito de fazê-lo, de enganá-lo. Seu celular começou a tocar. Era ele, Davi, falando:
-Linda, eu estou morrendo de vontade de te ver. Desce que eu estou aqui na frente, e vou te levar pra casa hoje.
-Amado, já estou na frente do elevador. Ela respondeu, respirando aliviada por mais uma vez o seu príncipe abater o inimigo; mais uma vez ele resgatou ela antes que cometesse, talvez, o maior erro.
Ela estava enganando dois homens; sim, enganando. Um deles era seu namorado, Davi, e o outro era seu colega de trabalho Rafael. Clara amava Davi, mas Rafa mexia com ela de uma maneira que era realmente assustadora. As investidas, seu jeito de falar, as coisas que ele falava, tudo aquilo a tirava do chão; tirava a certeza que tinha nela mesma e no seu relacionamento.
Davi era seu porto seguro, ela sabia que podia contar com ele; que ele sempre estaria lá com a espada empunhada para salvá-la de qualquer situação. Ela tinha certeza que ele era o cara certo, aquele que ela casaria.
Então, por quê? Por que ela se sentia tão atraída por aquele cara? Por que ela sentia que estava traindo Davi, se ela não havia feito nada ainda?! É, ainda. Ela terminava de passar o rímel, e pensava como ela teve coragem de aceitar aquele convite. Rafa a convidou para ir tomar um drinque depois do trabalho; e ela não conseguiu recusá-lo, esse convite era de uma ousadia que atiçava sua curiosidade. Ela aceitou, ela queria saber até onde esse jogo de provocações iria. Agora ela estava no banheiro do escritório, retocando a maquiagem para ir encontrá-lo.
Ela fechou os olhos; Davi, foi a primeira coisa que veio a sua mente. Ela não podia fazer aquilo com ele; ela não tinha o direito de fazê-lo, de enganá-lo. Seu celular começou a tocar. Era ele, Davi, falando:
-Linda, eu estou morrendo de vontade de te ver. Desce que eu estou aqui na frente, e vou te levar pra casa hoje.
-Amado, já estou na frente do elevador. Ela respondeu, respirando aliviada por mais uma vez o seu príncipe abater o inimigo; mais uma vez ele resgatou ela antes que cometesse, talvez, o maior erro.
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