A moça muito inteligente falava da sua própria vida, com aquele tom de voz de quem sabe do que fala. Ela contou do que fez e fazia, o que queria e cria. Ela era cheia de razão em suas palavras e nela eu acrediva.
Até ela me dar o conselho final: "Sabe, minha filha, não deixe que sua felicidade dependa dele". Ela me disse isso com os olhos firmes, e eu acenei minha cabeça concordando com ela.
Mas como se faz isso, minha senhora? Se sem ele não há felicidade e eu nem existo. Se a mínima sombra de infelicidade dele traz angustia ao meu coração. Se ele é o sorriso mais iluminado que eu posso dar e a cor mais encantadora que eu posso vestir.
Talvez em uma outra vida, em outra história, eu possa amar sem me dar assim. Dessa vez já foi, não me tenho mais.
Eu sei, moça, que você consegue, que você faz e que você tem mais experiência que eu. Talvez eu seja apenas muito menina, que conhece pouco da vida e tem um amor que mal cabe de tão grande. Mas por favor, não torça contra, não diga que ele não vai ficar, ou que vá cansar.
Porque eu acredito nele, acredito no amor dele, e talvez para a gente isso basta. Essas coisas acontecem de verdade, sabe?
Porque conto de fadas surgem da realidade, e não o contrário.
Um comentário:
Conselhos são ótimos, a gente precisa deles, mas nem sempre o melhor conselho é uma verdade para você e experiência nenhuma do mundo pode superar um amor verdadeiro.
;*
Postar um comentário