Menina, poderia ter começado chamando-a de moça ou mulher, mas ela é tão novinha, tão delicada e mal experimentada que prefiro chamá-la assim de menina mesmo. Aprendeu logo e cedo coisa de adulto, descobriu que um sorriso leve pode disfarçar toda essa melancolia carregada. Então a menina guarda suas lágrimas para o seu travesseiro, aquele que por inteiro recebe sua cabeça repousada e sua dor inexplicada.
Até o dia que o sorriso já não é mais disfarce eficaz. Sempre tem aquele que descobre. E a menina que se sentia tão protegida e segura pelo leve sorriso agora pecisa de um novo refúgio. Daí ela se lembra de algo que ela sempre gostou mas nunca achou que soubesse fazer, decide escrever e usar as palavras para se manter. Quando está tudo bem ela escreve, quando está tudo péssimo ela escreve, o problema mesmo é quando ela não consegue escrever de tão perdida.
A menina percebe como escrever se torna sério e profundo e como ela já não pode viver sem isso.
Um comentário:
êêêê menininha que sabe escrever bem viu!
;*
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